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Desventuras em Série - O Fim


Terminar os treze livros de uma série dá aquela maravilhosa sensação de dever cumprido. Foi o que senti ao fechar O Fim, último livro de Desventuras em Série, e, ao mesmo tempo, fiquei triste por deixar os personagens irem. Mas me deixe começar pelo começo...


O Fim já começa super dramático, um pouco mais do que nos livros anteriores. Os irmãos Baudelaire estão em alto mar, sem uma bússola ou a mínima ideia de para onde estão indo e pior... com Conde Olaf na mesma embarcação. Claro que o vilão não pode fazer nada, já que estão todos no mesmo barco, mas, mesmo assim, não deixa de ser uma companhia desagradável depois de todas as maldades que ele cometeu. Ao naufragarem após uma tempestade, acabam chegando à praia de uma ilha afastada de tudo, onde um grupo de pessoas se esconde da perfídia do mundo (mas será que a perfídia do mundo não chega até eles?).


Mais um livro e mais gente esquisita, o que já é esperado para Desventuras em Série. Pelo menos, desta vez os irmãos ficam mais tempo em um lugar só, onde o Conde Olaf não parece tão assustador (o mesmo não pode ser dito sobre o fungo mortal que ele esconde no capacete de mergulho sob o vestido), e de quebra descobrem um pouco mais sobre o passado dos pais (se não me engano, esse foi o livro que mais falou diretamente sobre os pais das crianças, mesmo que não tenha contado tanta coisa assim). Tudo dá nas praias da ilha, então temos um pedaço de toda a história dos Baudelaire, assim como das pessoas que fizeram parte da vida deles e tudo o mais.


Foi uma leitura interessante para fechar a sequência de livros. Particularmente, eu queria ter tido mais informações sobre Olaf, CSC e os pais Baudelaire, mas a graça de DES é exatamente todo o mistério e as perguntas sem respostas (como o final também que não nos conta muita coisa, mas deixa a dúvida do que pode ter acontecido).


De modo geral, gostei muito de acompanhar os irmãos pelas suas desventuras. Foram livros que me deixaram com raiva, angustiada e intrigada, mas uma boa leitura de qualquer forma. Reanalisando todos os 13 volumes, o que me deixou mais incomodada foi a repetição, principalmente nos primeiros livros, o que me cansou e me impediu de ler tudo de uma vez, mesmo sendo leituras rápidas, por isso precisei espaçar para não ficar enjoada. Agora o que mais me agradou foi o narrador, ele é um personagem a parte da série e foi interessantíssimo ver como foi construído e acompanhar suas divagações e como tudo mesmo parecendo confuso, fazia sentido dentro da história (até como um prenúncio dos livros seguintes).


Foi uma leitura bem divertida, talvez eu tivesse me sentido menos cansada com a repetição se tivesse lido mais jovem, mas, de qualquer forma, adorei a ler todas as tristes desventuras de Violet, Klaus e Sunny.

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