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O Primeiro Arcano, Caio F. Moura



Hans D. Castell, um historiador, convida Fares D. Fae a pesquisarem e escreverem juntos a história de Henrique Lancaster. Fares conheceu Henrique, mesmo não tendo sido próximos, e ficou tentado pela ideia de poder escrever sobre esta figura tão importante. Assim começa O Primeiro Arcano. O livro acompanha as aventuras de Hans e Fares atrás da vida de Henrique, enquanto narra os grandes (e não tão grandes) momentos deste, passando também pela vida de personagens importantes para a história do rapaz. Então temos em primeiro plano a história de Henrique, Karen e Douglas e, por trás das pesquisas e investigações, a história de Hans e Fares.


O livro é dividido em três partes, sendo a primeira a introdutória onde conhecemos o começo da história de Henrique e das pessoas que se tornaram importantes em sua vida. Na segunda, vemos os feitos dele e como conheceu Karen, além de outros mistérios que ficam melhor explicados na parte 3 (por exemplo, quem realmente é Henrique). Vou começar a falar sobre essas duas primeiras para então passar para a terceira. Achei esse início picotado e corrido, o que dificultou muito eu me conectar com a história dos personagens. O formato funciona para criar um suspense, mas eu queria que tivessem focado um pouco mais no psicológico dos personagens e não apenas em suas ações.


Porém isso se conserta na terceira parte, quando a história realmente começa e podemos ver que o que veio antes era apenas para situar o leitor. Por mais que não tenha se aprofundado tanto na cabeça dos personagens, senti que nessa última parte eles foram mais vivos e consegui me conectar melhor com suas inquietações, decisões e aventuras. Aqui também somos apresentados ao grande mistério que envolve Henrique. E clérigos começam a aparecer mortos pela cidade e tudo leva a crer que tem algo a ver com a disputa política que está sendo travada no lugar, trazendo um tom político para a obra, mesmo que não seja o foco.


Para mim, a leitura demorou a deslanchar, mas a terceira parte valeu a pena. Mesmo que eu não goste de alta fantasia e dos personagens "clássicos" de RPG, não me senti incomodada com isso nessa história. Achei que o autor soube trabalhar bem os personagens e fugir um pouco desses tipos. No fim, foi uma boa leitura e me deixou me coçando para saber o que acontece com Henrique no futuro e como ele irá lidar com as descobertas sobre sua pessoa (e também para saber onde Hans e Fares irão parar na confusão em que se meteram).

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