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Year of the Griffin, Diana Wynne Jones

[Esta resenha contém um pouco de spoiler]

Oito anos se passaram desde Dark Lord of Derkholm, ou seja, desde que os tours dos peregrinos terminaram. Agora a universidade está passando por dificuldades financeiras já que dedicaram anos apenas ao evento e os novos professores e responsáveis pela instituição não parecem saber o que estão fazendo lá. Elda, uma das filhas grifo de Derk, conseguiu entrar na universidade escondida do pai (já que este ainda não gosta do lugar) e agora ela e seus mais novos amigos tentam aprender magia (apesar dos péssimos professores) enquanto lutam contra assassinos, piratas e grifos mal-encarados.


Year of the Griffin tem uma pegada diferente de Dark Lord of Derkholm, enquanto este era uma aventura onde os protagonistas viajavam para resolver (ou atrapalhar) os problemas dos tours, aquele se passa praticamente inteiro na Universidade, mas mesmo assim muita coisa acontece nas páginas desse livro. O grupo de Elda é formado por um anão artesão que está ali para provar que artesãos podem ser tão habilidosos quanto os outros anões do topo da pirâmide social; príncipe Lukin que apareceu no primeiro livro e agora resolve entrar na Universidade para aprender um pouco de magia, contra a vontade do rei, seu pai; Olga, uma garota misteriosa que não conta muito sobre seu passado; Felim, o rapaz que está sendo perseguido por assassinos; e Claudia, a meia-irmã do imperador Titus, que carrega um mau agouro que faz sua magia não sair como esperado.


O início não tem muita ação, mas as coisas logo mudam de figura e tudo passa a acontecer uma tropeçando na outra. Os personagens são parecidos um com os outros, mas cada um trouxe um problema e uma habilidade a mais ao grupo, o que de certa forma deu importância a cada um (mesmo que alguns em graus diferentes).


Foi divertido acompanhar os estudantes resolvendo os problemas que levaram com eles. Em um primeiro momento, senti que havia coisa demais acontecendo uma seguida da outra, mas no fim a sensação passou. Como é costume da Diana, o final nem sempre é o que esperamos e as coisas se resolvem mais na base da conversa. Gostei que os garotos conseguiram resolver o que tanto os prendiam (principalmente Lukin e Claudia com o mau agouro), mas esperava um pouco mais de ação da parte deles na resolução. Não queria mais falar tanto do final, mas eu preciso fazer um comentário de algo que me incomodou MUITO: tudo terminar em relacionamento romântico. Até gente que não se conhecia arrumou um casal. Por quê? Não sei. Sei que a duologia é proveniente do guia satírico de mundo fantásticos que a autora escreveu, onde ela aponta os grandes clichês de histórias de fantasia (eu ainda não li, está na minha estante e pretendo ler logo, logo), então espero que isso seja só mais uma ideia de final clichê.


No demais, gostei bastante da história. Eu amo os mundos mágicos que a Diana criou e como ela desenvolve sua magia, é uma coisa tão gostosinha de ler e mesmo que tenha sido uma montanha-russa de acontecimentos, fiquei com o sentimento bom no coração que sempre tenho ao ler a autora.




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